11 de fevereiro de 2015

Os 25 Mitos da Pediatria

Descobri um texto super interessante no que respeita aos hábitos e à educação de bebés nos primeiros meses de vida. Vale a pena reter estes mitos para os tentar contornar no momento em que se impuserem certas questões/decisões. Segundo consta, estamos a voltar ao antigamente e, muitas das coisas que se deixaram de fazer há alguns anos, afinal estavam corretas! A meu ver trata-se acima de tudo de bom senso...

Música na gravidez Não é preciso nascer para ouvir. Hoje admite-se que o feto tem capacidades auditivas a partir das 12 semanas e guarda memória dos sons após o nascimento. Recomenda-se a audição de sons graves porque têm um efeito calmante e a música clássica está entre os estilos adequados. Os ritmos binários têm a vantagem acrescida de se assemelharem ao batimento do coração da mãe.


Aleitamento
 Evitar alimentos como laranjas, cebolas, leguminosas ou chocolates não diminui as cólicas no bebé. A alimentação da mulher deve ser variada desde a gestação porque está provado que o feto inicia o desenvolvimento das células sensíveis ao sabor às  14 semanas. Todos são unânimes sobre os benefícios da amamentação exclusiva até aos seis meses de vida do bebé e provou-se que estão erradas as teorias sobre a fraca qualidade do leite muito líquido ou que não escorre quando é deitado num copo. O aleitamento é prioritário e deve começar ainda na sala de partos.



Esterilização
Ferver ou esterilizar biberões e tetinas não é necessário se os pais lavarem frequentemente, e bem, as mãos. As doenças infeciosas são menos frequentes e em condições normais de habitabilidade e de higiene basta uma lavagem que elimine os resíduos.



Alimentos
É um erro excluir alimentos como peixe, gema de ovo, carne de porco e frutas nos primeiros tempos de vida. A seleção visava prevenir alergias, mas as organizações internacionais defendem que atrasar a diversificação alimentar, mesmo em alérgicos, não traz benefícios. Outro erro antigo: não se deve obrigar a comer nem negociar alimentos por alimentos - por exemplo, dar uma bolacha para compensar ter comido sopa - e os legumes e frutas devem estar sempre na mesa porque a sua presença influenciará a alimentação na vida adulta. No passado, os alimentos eram introduzidos com o aparecimento dos dentes e agora são recomendados aos quatro meses, quando não há amamentação. 



Suplementos alimentares
Vitaminas para quê? A sociedade moderna caracteriza-se pela abundância e uma dieta equilibrada é suficiente. A exceção, sobretudo no primeiro ano de vida, é a vitamina D, que gerações reforçaram com "colheradas" de óleo de fígado de bacalhau. A tradição tem sido recuperada sob outras formas: os ácidos gordos são decisivos na formação das membranas cerebrais e estão a ser redescobertos em óleos de peixes de profundidade.



Peso
Gordura não é formosura. Cada bebé tem o seu ritmo e as variações nem sempre são sinal de doença. Os pediatras afirmam que os pais modernos se preocupam em excesso com o crescimento e recomendam que pesagem e medição só sejam feitas nas  consultas de rotina.



Sono
Não tem fundamento o medo de que os bebés deitados de costas podem sufocar no caso de bolçarem. Em situações normais, o corpo humano está preparado para evitar estas situações. O medo levou muitos pais a deitarem os recém-nascidos de barriga para baixo, mas hoje é reprovável e perigoso. É  mandatório deitar os bebés de barriga para cima, pelo menos, até aos seis meses. Depois, é o próprio bebé que escolhe a posição mais confortável. O sono solitário foi estimulado por se acreditar que promovia a autonomia, mas não está provado.



Morte súbita
"Abafar" os bebés não é o perigo principal. A morte de crianças saudáveis por razões inexplicáveis continua a registar-se e estudos recentes têm evidenciado que é mais comum quando os pais são fumadores, em famílias monoparentais e quando o bebé é deitado de barriga para baixo. 



Choro
As lágrimas são mais do que fome ou fralda molhada. Descobriu-se que os bebés são muito sensíveis a estímulos e também precisam de aliviar a tensão. Ou seja, às vezes basta deixar chorar um bocadinho para perceber a mensagem.



Banho
Esperar pela digestão para dar banho é um mito. A água utilizada está morna e não existe choque térmico, responsável pela congestão. Além disso, o leite é de fácil digestão. O  banho deve ser um prazer e a regra é "água quanto baste e pouco produto de limpeza", sobretudo com glicerina, porque seca e irrita a pele em demasia.



Pele
Pó de talco fora da lista. A limpeza exagerada é inimiga da pele e um banho seguido de uma loção hidratante é suficiente. Na  zona da fralda é necessária parcimónia no uso de toalhetes, pois limpam a sujidade, mas também podem arrastar a camada superficial da pele. Quando a fralda só está molhada e não existe irritação não é necessário usar creme ou pastas sob risco de provocar uma sensibilização excessiva. E o pó de talco está fora de moda porque as partículas podem ser inaladas pelo bebé.



Fralda
O uso precoce do bacio está fora de questão. Os pediatras estão a recuperar a tradição de retirar a fralda só aos dois anos porque o controlo precoce do esfíncter pode, afinal, trazer problemas. 



Botas ortopédicas
Não vale a pena olhar para os pés antes dos dois anos. A ortopedia moderna respeita as regras de crescimento do pé e da marcha das crianças e qualquer  calçado que faça alguma contenção interfere com a evolução normal. É ponto assente que é o exercício e não o calçado ortopédico ou formativo que cumpre a missão fisiológica. Sempre que possível, as crianças devem andar descalças e usar sapatos que protejam apenas o tornozelo e o calcanhar.



Creche
A socialização, afinal, só começa aos três anos. Na sociedade atual mães e avós trabalham e os bebés vão para a creche cada vez mais cedo. Contudo, a maioria dos pediatras regressou ao passado para recomendar os cuidados dos avós até aos três anos. Argumentam que os ganhos de afeto compensam.



Febre
A temperatura não é doença. A maioria das crianças faz quatro dias de febre e não é preciso baixar a temperatura de imediato como querem os pais dos nossos dias. Os médicos alertam que a febre é muitas vezes é um mecanismo de defesa do organismo e que um sinal de serenidade é a criança continuar a brincar. 



Tosse
Adeus ao xarope. Tossir é uma forma do corpo para eliminar secreções e melhorar a respiração. Trata-se de um sintoma e não de uma doença e nos primeiros anos de vida não são recomendados inibidores.



Aerossóis
São os grandes terapeutas do século XXI. Ajudam a respirar melhor, contudo, os médicos têm dúvidas sobre o que os próximos avanços podem revelar sobre a sua utilização. 



Ginástica respiratória
Comum na década de 90 revelou-se desnecessária. Era usada para bronquiolites e hoje sabe-se que aumentam o cansaço e as dificuldades de respiração. 



Remédios caseiros
Vivem-se tempos de medicação excessiva. As precauções sobre o uso de remédios estão na ordem do dia e a regra é recuperar remédios caseiros como o xarope de cenoura e os preparados com mel. 



Vacinas
O calendário mudou. As crianças dos nossos dias são mais vacinadas - e dizem os pediatras, estão mais protegidas - e já não é preciso recomeçar do zero quando há atrasos muito grandes.



Flúor
As gotas outrora comuns foram trocadas pelos dentífricos. Atualmente é promovida a lavagem cada vez mais precoce dos dentes, aliás, logo que a  dentição aparece na vida do bebé. 



Brinquedos
Quantos mais, pior. As crianças precisam de estimular a imaginação e para isso não podem ter muitos brinquedos para poderem explorá-los ao máximo, dando-lhe várias utilizações. Os pais devem guardar os presentes, optando pela distribuição ao longo do ano. 



Animais
Os eternos amigos estão de volta. Após várias teorias sobre o risco acrescido de alergias, cães, gatos, pássaros e outros animais são desejáveis para o desenvolvimento da criança. 



Desporto
O cloro não faz alergia. A prática desportiva é defendida para o desenvolvimento psicomotor e a natação volta a liderar as preferências. A qualidade da água das piscinas melhorou e os bebés podem nadar a partir do sexto mês de vida. Só é preciso limpar o cloro com um banho abundante e dar bastante água para minimizar a sua presença no estômago. 



Regras
O ónus dos pais sobre a personalidade dos filhos está mitigado. Passou a ser admitido que há crianças difíceis que complicam a vida das famílias e que as regras são, por isso, indispensáveis. A negociação deve existir, mas sem rendição, em especial, dos pais.





3 de fevereiro de 2015

Pós-parto

Pode se dizer que "descobri" este artigo e não o quero perder! Parece-me ter informações preciosas para a altura mais difícil...

Vejam o artigo completo no site do Continente!

Incómodos físicos:
  • Tumefação e engurgitamento do peito - Surge como resultado da subida do leite, por volta do segundo ou terceiro dia após o parto, provocando dor e endurecimento dos seios, dificultando a amamentação. Molhe o peito com água morna e massaje em círculos com a ajuda de um creme, tentando esvaziá-lo. Assim que o leite comece a seguir, ofereça o peito ao bebé para que ele o esvazie.
  • Fissuras do mamilo - São dolorosas e podem chegar a sangrar, mas saram rapidamente. Após a mamada limpe o mamilo e use um creme protetor e cicatrizante. Não deixe de amamentar.
  • Dores no períneo - Provocadas pelas contrações do útero no seu processo de voltar ao tamanho normal. Podem ser intensas, sobretudo durante as mamadas. Mude de posição, use uma almofada ou fale com o seu médico sobre a possibilidade de usar um analgésico.
  • Episiotomia - É um corte praticado no períneo para facilitar o nascimento do bebé que pode provocar dores e desconforto. Aplique gelo inicialmente, e água morna depois. Se não conseguir sentar-se, use uma almofada ou uma boia. A lavagem e a secagem são essenciais para uma boa higiene.
  • Hemorroidas - Podem surgir ou agravar-se devido à força exercida pela mãe durante a fase de expulsão do bebé. Aplique gelo e uma pomada própria para o efeito. Se sofrer uma crise mais severa, fale com o seu médico.
  • Obstipação - Faça uma alimentação rica em fibras e beba muitos líquidos.
  • Dores nas costas - a manter uma posição correta ao proceder aos cuidados do bebé como mudar a fralda ou amamentar. As posições incorretas sobrecarregam a coluna. Faça exercícios de relaxamento.
  • Lóquios - É normal perder sangue após o parto. Estas perdas têm o nome de lóquios e podem durar até um mês depois do parto. No início, o sangue é vermelho vivo, tornando-se progressivamente rosado e em menor quantidade. É desaconselhado o uso de tampões.
  • Menstruação - O período menstrual reinicia-se entre 7 a 9 semanas após o parto. Se estiver a amamentar, pode demorar vários meses. No entanto os ovários podem ficar prontos a funcionar logo, pelo que mesmo sem menstruação é possível voltar a engravidar.

 

Cuidados a ter:

  • Não fazer esforços excessivos;
  • Não tomar banhos de imersão;
  • Não ter relações sexuais enquanto perder sangue;
  • Continuar a tomar o ferro e o ácido fólico no 1º mês pós-parto;
  • Descansar nos períodos em que o bebé o permite;
  • Marcar a consulta de revisão de parto 4 a 6 semanas após o mesmo;
  • Se re-iniciar a atividade sexual deve usar contraceção, mesmo que esteja a amamentar.

2 de fevereiro de 2015

Aleitamento Materno

O aleitamento materno nos primeiros 6 meses de vida do bebé tem ganho muita importância nos últimos anos, depois de anos de decréscimo acentuado. A vida de trabalho das mãe não tem facilitado a tarefa. Mas existem organizações que pretendem incentivar o aleitamente materno. Deixo aqui um Manual de Aleitamento Materno, muito completo, fornecido pela UNICEF que pretende informar todas as mães acerca desta prática. Deve ser feita da forma correta para não prejudicar nem mãe, nem filho. 
Vale a pena ler o manual, para se ficar mais esclarecida acerca de eventuais dificuldades, facilmente ultrapassáveis, se houver o conhecimento prévio.



Validade do leite materno:
- 48 horas no frigorifico
- No congelador até 3 meses (dependendo do frigorifico)



1 de fevereiro de 2015

Criar hábitos de sono - 8 dicas!




Tenho procurado algumas informações que me virão a ser úteis, neste caso, relacionadas com o sono do bebé. É importante criar hábitos que permitam o verdadeiro descanso tanto dos pais como do pequeno rebento, por isso convém seguir as dicas abaixo. Parecem-me todas bastante sensatas e de fácil "implementação". vou começar a interiorizá-las antes da chegada da cegonha! 





1. Mantenha o bebé ativo durante o dia. Quando o bebé está acordado, interaja com ele: fale, brinque e cante mantendo-o bem desperto. Se mantiver o bebé ativo quando está acordado prolonga o tempo em que está acordado o que ajuda a dormir por períodos mais longos durante a noite. 



2. Estabeleça e siga uma rotina de sono. Defina uma rotina específica para os momentos antes de dormir e mantenha as mesmas tarefas e o horário em que as faz diariamente. Se preferir dar banho ao bebé à noite, para o ajudar a relaxar, faça-o todos os dias, seguindo os mesmos passos. Depressa o bebé se habituará a estabelecer um padrão entre os seus próprios hábitos e a hora de ir para a cama. 



3. Crie um ambiente propício ao sono. O quarto do bebé deve ser bem arejado durante o dia, a cama segura e confortável, os pontos de luz não devem ser diretos nem agressivos e o ambiente deve ser calmo e relaxante. Se achar que isso acalma e ajuda o seu bebé a dormir, pode colocar um mobile no berço ou deixar uma ténue luz de presença ligada (o que também facilita cuidar do bebé durante a noite). 



4. Coloque o seu bebé na cama quando está sonolento mas ainda acordado. Adormecer o bebé ao colo e só depois o meter na cama pode não ser uma boa estratégia para o ensinar a dormir sozinho. Se o colocar na cama ainda acordado, o bebé passará a associar o ser deitado na cama com o processo de adormecer (sugestão de leitura: Dicas para um sono tranquilo do recém-nascido). Lembre-se de colocar o bebé de barriga para cima e acomode a roupa da cama por forma a que não cubra a cabeça do bebé. 



5. Dê tempo ao bebé para relaxar e adormecer. O bebé pode não adormecer assim que o colocar na cama ou mesmo nos minutos seguintes. O bebé precisa de tempo para se acomodar e passar pelo processo de adormecer. Se o bebé chorar porque não quer estar deitado, não pegue nele ao colo imediatamente. Aconchegue-o, fale com ele muito baixinho e faça suaves massagens no seu corpo. Se se sentir seguro e confortável, o bebé acabará por adormecer sozinho. 



6. Cuidar do bebé durante a noite. Se tiver necessidade de alimentar ou trocar a fralda ao bebé durante a noite, interaja o menos possível com o ele. Use movimentos calmos, aqueça as mãos antes de mexer no bebé, não ligue a luz e não fale com ele. 



7. Se o bebé chorar durante a noite, não vá a correr pegar-lhe ao colo. O bebé dorme por ciclos (por norma de 4-5 horas) sendo, por isso, natural que acorde durante a noite durante os primeiros meses de vida Se o seu bebé chorar, dê-lhe alguns minutos para se autoconsolar. Aguarde e fique atenta para perceber se consegue voltar a adormecer sozinho. Se continuar a chorar, vá ao quarto para se certificar que está bem, mas não acenda a luz, não brinque, não fale ou pegue ao colo. Se o bebé ficar desesperado ou se mostrar incapaz de se acalmar sozinho, considere que poderá estar a sentir algum incómodo. Pode estar com fome, sujo ou molhado, febril ou mostrar qualquer outro sintoma de que não se está a sentir bem. 



8. Habitue o seu bebé a dormir no seu próprio quarto. Partilhar a cama do casal com o bebé não o ajuda a desenvolver a sua autonomia e o sentimento de segurança de que necessita para conseguir dormir (e voltar a adormecer sozinho durante a noite).


Dormir na cama com o bebé aumenta o risco de Síndrome de Morte Súbita do Lactente e o risco de asfixia. Este risco aumenta consideravelmente se os adultos que partilham a cama fumarem, estiverem muito cansados, se tomaram medicamentos calmantes ou se ingeriram bebidas alcoólicas. Por volta dos 3 meses de idade o bebé já deve dormir na sua cama, no seu quarto. 



Bibliografia:


  • Sociedade Portuguesa de Pediatria (online). Página consultada a 15 de fevereiro de 2014
  • Guia Completo do Sono para Bebés e Crianças Felizes, de Gina Ford, Bertrand Editora, Lisboa 2010
In www.maemequer.pt
 


Aproveito para deixar uma tabela de sono que encontrei algures na internet, para me guiar:


Idade De dia De noite
1 semana 8 horas 8h15
1 mês 7 horas (3 sestas) 8h30
3 meses 5 horas (3 sestas) 10 horas
6 meses 4h15 (2 sestas) 11 horas
9 meses 3 - 4 horas (2 sestas) 11 horas