27 de março de 2009

Torrada Queimada

Torrada Queimada conta as filosofias de vida de Teri Hatcher, a actriz de Donas de Casa Deseperadas. Num texto de exemplos (suponho) reais, a actriz conta parte das peripécias e ensinamentos da sua vida.


Este livro deve ter tido poucas vendas porque consegui comprá-lo por 10€...


Sinopse:
"À semelhança da maioria das mulheres, Teri Hatcher teve as primeiras lições com a mãe, uma mulher que, como muitas outras, tinha bastante dificuldade em colocar-se em primeiro lugar. Se uma torrada se queimava, ela comia-a, dando aos outros as melhores fatias. Embora este acto de amor fosse bem-intencionado, ele encerrava, no entanto, uma lição difícil de esquecer: a nossa satisfação não vale uma fatia de pão.
Teri Hatcher precisou de um divórcio, de ser mãe solteira, de várias tentativas de namoro falhadas, de uma carreira pouco brilhante e de um quadragésimo aniversário para perceber que não queria passar outra década a preparar-se para o desastre seguinte. A satisfação e o amor-próprio não estão garantidos, mas são essenciais para levarmos uma vida feliz.
Com Torrada Queimada e outras Filosofias de Vida, um manifesto sentido, divertido, enternecedor e inspirador desta maneira de ser, Teri Hatcher revela-nos facetas íntimas da sua vida, na esperança de impedir que outras mulheres comam a torrada queimada, ao mesmo tempo que nos explica por que motivo nunca teremos uma segunda oportunidade se não nos mostrarmos receptivas a tal possibilidade.
Repleto das fraquezas e dos êxitos da actriz, com inesperada vulnerabilidade e sinceridade, Torrada Queimada e outras Filosofias de Vida é um retrato divertido, íntimo e animador das lutas diárias e dos sucessos de uma mulher em busca de uma vida feliz.
Se alguma vez abdicaram de algo bom e ficaram com o pior; se já se viram a planear o fracasso em vez de lutarem pelo sucesso, então já comeram a torrada queimada... e Teri Hatcher gostaria de ter uma conversinha convosco!"

Excerto:
"Torradas. Sabem quando estão a fazê-las e não saem bem? Estão pouco torradas ou demasiado moles, depois... completamente queimadas. É o tipo de pessoa que tenta raspar o queimado? Ou prefere, antes, encharcá-las de doce para tentar disfarçar o gosto? Deita-as fora, ou aproveita-as?
Até agora, comi as torradas queimadas. Aprendi isso com a minha mãe. Ela olhou sempre por tudo e por todos antes de olhar por si própria. Um sacrifício que, sendo habitual, continha uma mensagem confusa para uma criança. Ela ensinou-me que as mulheres deviam esperar e contentar-se com o pior, e que se eu ficasse com a fatia cheia de manteiga outra pessoa tinha de sofrer.
Depois fiz quarenta anos. Será que queria mesmo passar mais dez anos assim? A resposta foi fácil: não. O que custou compreender foi que, para mudar, precisava de deixar de comer as torradas queimadas. Tinha de deixar de sentir que não merecia coisas boas, coisas saborosas. E deixei. Não queria continuar a fazê-lo e não quero que outras pessoas o façam.
Foi por isso que escrevi este livro. É a minha tentativa louca, séria e sentida de partilhar o meu percurso difícil até à felicidade com outras pessoas como eu."

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