Queria ser escritora
De poemas e histórias que vivi
Mas dentro da minha memória nada vive
As memórias que se foram, que vão a cada dia
Aquelas que nunca foram, não chegaram a ser
Recordo pouco
Nada retenho
Não dou importância ao que passou
Sem maldade, sem intenção
Fica só o que na memória ficou
Pouco
Não é ingratidão, não é desprezo
É sem desdém que nada fica
Para os outros as vivenças não vão
Comigo, nada
Gostava de por vezes lá voltar, mas não
Não dá, porque essas memórias se vão
Para sempre